sábado, 21 de abril de 2007

Modelo de 5 Forças

Aplicação do Modelo de cinco forças numa empresa de fast food

A intensidade da concorrência em uma indústria tem raízes em sua estrutura econômica básica. O grau de concorrência depende de cinco forças competitivas, segundo Porter:

1
) Competição entre as empresas da mesma indústria.
Rivalidade entre empresas +/-

Essa força trata da competição com as empresas existentes que representem concorrência à empresa em questão.
Em relação a uma empresa de fast food, podemos considerar ameaças enquadradas nessa força, as empresas de gênero alimentício, independente da especialização do produto, principalmente instaladas próximas a mesma, gerando uma concorrência direta. Ex.: Numa praça de alimentação de um shopping podemos destacar pelo menos umas quatro empresas de fast food que oferecem os mesmos produtos. Além das outras que oferecem alimentação tradicional ou culinária específica que podem atrair clientes que antes consumiam ou poderiam consumir lanches rápidos.
Fatores preocupantes desta força se intensificam quando os concorrentes são numerosos ou há equilíbrio entre eles, quando há ausência de diferenciação dos produtos disponibilizados, ou até mesmo quando as barreiras de saída são elevadas, ou seja, quando as empresas novatas são forçadas a se manterem competindo devido a fatores econômicos e estratégicos, mesmo com baixos retornos ou retornos negativos em seus investimentos.
No Brasil destacamos como grandes concorrentes deste tipo de produto McDonalds (internacional) e o Bobs (Nacional), além das empresas de menos influência que vêm se aparecendo com força como Girafas (além dos tradicionais hambúrgueres e batatas fritas, possui pratos combinados variados), KFC, Habibs, etc.

2) Ameaças de entrada de novos concorrentes.
Entrantes Potenciais +


A entrada de novas empresas que representem concorrência para a empresa em questão podem afetar diretamente a lucratividade.

Contudo manter uma nova empresa não é uma tarefa tão fácil como se imagina, as barreiras são diversas como:
· Necessidade de capital (necessidade de investir vastos recursos para competir, inclusive o retorno do investimento é tardio de acordo com o mercado);
· Diferenciação de produto (empresas têm uma marca de prestígio e desenvolvem um sentimento de lealdade em seus clientes. Um produto novo precisa de uma campanha de marketing forte para tomar o lugar de marcas consolidadas. As empresas novatas precisam persuadir os clientes para aceitarem seus produtos);
· Custo com treinamentos de empregados, com aquisição de equipamentos, custos com testes nos novos equipamentos, etc);
· O preço de entrada que força à desistência, as mudanças nas próprias barreiras à medida que mudam as condições e a experiência das empresas já instaladas.

No ramo de fast food podemos observar novas empresas pequenas que abrem e fecham em pouco tempo de atuação, devido às barreiras citadas acima. Além disso, como os gigantes desse ramo já têm marca consolidada e seus produtos bem difundidos, é difícil a entrada de empresas de expressão.
Um exemplo de empresa que surpreendeu devido a uma série de medidas administrativas e políticas de motivação, treinamento e organização de equipe, é o Habibs. Em pouquíssimo tempo a empresa virou sinônimo de qualidade e ofuscou um pouco o brilho dos grandes.

3) Poder dos Fornecedores.
Fornecedores +/-


A boa relação com os fornecedores representa um fator crítico para o sucesso de um empreendimento.
Produtos para a confecção do produto final mais baratos acarretam em preços mais baixos e maior competitividade no mercado.
Exemplo da aplicação no ramo de fast food: Definir parcerias com empresas fornecedoras de embalagens descartáveis, representa um diferencial perante os concorrentes, pois este custo é embutido no valor do lanche.
Além da busca por produtos de fornecedores, os serviços terceirizados também influenciam diretamente na obtenção de lucros. Por se tratar de alimentação, um serviço eficaz de limpeza passa a ser fundamental para atrair clientes.

4) Poder dos Clientes.
Compradores +

A pressão dos clientes na negociação na compra de produtos, forçam os preços para baixo, exigindo melhor qualidade ou mais serviços, o que leva os concorrentes à rivalidade. Torna-se necessário, nesse caso, que a empresa melhore sua postura estratégica descobrindo compradores com poder mínimo de influência.
Aplicando o conceito na ramo de fast food, como o cliente tem um contato rápido com a empresa e a venda é considerada a varejo, não há possibilidade dos preços diminuírem por esse motivo. As promoções e queda nos preços partem de medidas estratégicas da própria em decorrência da competitividade com seus concorrentes. Na luta pela conquista do cliente, kits, prêmios e promoções são fundamentais.

5) Ameaça da concorrência de produtos substitutos.
Produtos Substitutos +


Essa força refere-se a disponibilização de produtos que substituam os produtos oferecidos pela empresa. Esse tipo de força interage constantemente no mundo da tecnologia, pois as inovações avançam num ritmo muito rápido e novos produtos mais modernos causam o desuso dos produtos antigos.
Isto é um desafio que não vem de um concorrente reconhecido, mas de uma empresa que produz outro produto que tem a mesma função, diminuindo a sua lucratividade. Os substitutos limitam os lucros e podem até mesmo levar a empresa à falência.
No ramo de fast food, não há um motivo que leve a queda nas vendas de um lanche ou produto oferecido em decorrência da entrada de um novo produto no mercado. Na verdade a influência nas vendas vem de tendências consolidadas por estratégias de Marketing que podem colocar um produto em alta, derrubando outros. Ex.: Se a empresa oferece um kit: hamburguer, batata frita e refrigerante, não há nenhum outro produto que tome o lugar desse trio por causa de inovações tecnológicas ou qualquer outro fator. O gosto do cliente por esse kit não mudará caso lancem algo concorrente. O sabor é um fator diferencial que varia de empresa para empresa do ramo alimentício.

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